Em entrevista para o jornal dinamarquês Tipsbladet, Martin Braithwaite falou sobre o Grêmio, o futebol brasileiro e a vida no Brasil. Primeiramente, o centroavante de 33 anos revelou detalhes da negociação falha com o Olympiacos, que possibilitou sua vinda ao Grêmio. Além disso, comentou a disputa de posição com Diego Costa como centroavante do Imortal. Confira a seguir alguns tópicos abordados pelo dinamarquês!
Entre a Grécia e o Brasil
Braithwaite esteve muito próximo de um acerto com o Olympiacos em julho deste ano. O jogador inclusive esteve na Grécia para assinar o contrato, como conta na entrevista.
"Claro que foi diferente, pois estava com minha família e estive lá por dois dias, e só faltava assinar. Minha esposa perguntava como eu conseguia ser tão calmo, mas sempre serei assim. O caos não me afeta", afirma o dinamarquês. "Algumas coisas ficaram fora do meu controle, e houve algo com meu representante e o Olympiakos. Não tinha nada a ver comigo, então assinei com o Grêmio, e acredito que era para ser. Era o plano de Deus. Tudo parece certo agora", completa.
O centroavante afirma que está contente com o desfecho das coisas. "O problema com o Olympiakos fez com que eu viesse para o Brasil, e é fantástico. Adoro aprender coisas novas — inclusive sobre mim mesmo, e só se consegue isso saindo da zona de conforto. Desde o meu adeus ao Espanyol, queria tentar algo novo e sempre tive uma grande admiração pelo futebol brasileiro"
Disputa com Diego Costa
O atacante foi perguntado sobre a disputa com Diego Costa na 'camisa 9' do Grêmio. Braithwaite vem sendo o titular da posição, entretanto tem atuado junto ao companheiro no 2° tempo das partidas. Renato Portaluppi vem testando a opção nos treinamentos.
"Não penso muito sobre isso. Diego Costa é um jogador fantástico, e conversamos muito bem. Jogamos com apenas um atacante, então um de nós tem que ficar no banco, e é uma escolha do treinador. Trata-se de desempenho, e eu também tenho que fazer o meu", comenta Braithwaite.
O dinamarquês também falou sobre o seu espírito de luta. "Luto pelo meu time e por mim mesmo. Em toda a minha carreira, houve outros com mais talento, mas sempre acreditei em mim mesmo e sei que, se trabalhar duro o suficiente, vou superá-los algum dia. Sempre vi a mim mesmo indo além do Campeonato Dinamarquês. A vida é uma maratona, não uma corrida de 100 metros".
Vida no Brasil e aposentadoria?
Martin Braithwaite está curtindo a vida no Brasil. Pelo menos é o que o atleta declarou ao Tipsbladet. Questionado sobre a segurança do país, o atleta destacou que ainda não encontrou qualquer problema em Porto Alegre.
"Ouve-se muito sobre os riscos de viver no Brasil, e claro que há bastante criminalidade, mas não vi nada disso na minha cidade. Mas você precisa ter cuidado no dia a dia e estar atento, que tudo corre bem. Costumo dizer que é preciso ser esperto, então é perfeitamente possível viver aqui com segurança", expõe o atacante.
Quanto ao Brasileirão, o dinamarquês destaca a competitividade do campeonato e igualmente a paixão do torcedor brasileiro. "Não se deve subestimar a liga brasileira, e também se vê que nomes cada vez maiores vêm para cá, pois ela tem uma economia surpreendentemente boa", aponta. "No geral, há uma enorme pressão sobre os jogadores aqui. Todos têm opinião sobre você. O futebol é a vida das pessoas aqui, e você sente isso em todo lugar", finaliza Braithwaite.
