Renato Portaluppi se manifestou essa semana em entrevista para a GZH. Entre outros assuntos, o comandante gremista falou sobre clubes de Série A interessados no seu trabalho, um deles o Bahia, informação trazida pela Rádio Imortal. Reconheceu alguns exageros e ressaltou a sua relação com o clube.
O treinador vem sendo alvo de críticas por sua postura nas entrevistas coletivas. Exaltado em muitas oportunidades, o comandante se defendeu e colocou para jogo a sua versão, mas admitiu exagerar por vezes.
"Reconheço isso, exagerei em algumas entrevistas. Mas ao mesmo tempo, se coloque no meu lugar. Você não tem noção do que eu passo e o que eu mato no peito dentro do clube. E aí chega uma hora que eu vejo muitas vezes, claro que não são todas, mas um ou outro falando besteira. Aí é o momento de descarregar. Estou errado, mas é o momento de descarregar. Você não tem noção do que eu faço nesse clube."
Renato Portaluppi: "Defender a instituição"
Entretanto, Portaluppi também fez questão de destacar que faz muito pelo clube. Mas, mesmo "dando a cara pra bater", deixa claro que é apenas um funcionário do Grêmio e busca auxiliar de todas as formas o clube.
"Muita gente já fala assim: "Ah, o Renato manda no Grêmio". Não mando p* nenhuma. Sou empregado do Grêmio. Quem manda no clube é o presidente, tem um vice-presidente, tem um executivo. Eu ajudo os departamentos. Simplesmente isso. Então muitas vezes é muita coisa na minha cabeça. Se estou vendo uma coisa errada, se não me meter, a coisa vai estourar em mim, no treinador. Procuro ajudar o clube e defender a instituição. Então sobre isso que você falou, que às vezes eu reconheço, eu vou mudar. Mas é muita pressão. Você não tem noção."
Interesse de outros clubes
Renato Portaluppi tem a sua vida ainda indefinida no Grêmio para a próxima temporada. Mas, mesmo assim, nega que a sua postura nas últimas entrevistas tenha a ver com uma possível saída. Ainda, voltou a dizer que outros clubes da Série A o procuraram para saber da sua situação para 2025.
"Não tem nada a ver. Dois clubes grandes da Série A tentaram me tirar daqui há uns três meses. Falei para eles, costumo cumprir meu contrato. A não ser que o clube me mande embora. Nas últimas três semanas, quatro clubes da Série A me procuraram. Em uma situação dessa, jamais abandonaria o Grêmio. Jamais. E a situação poderia ser até pior. Só a gente sabe o que passou neste ano. Tanto é que todos os anos sob o meu trabalho o Grêmio brigou no G-4. Esse ano foi atípico, porque o Grêmio não jogou na Arena."